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23 de agosto de 2010

Traffic shaping em banda larga

Para quem não conhece o termo "traffic shaping", significa que a prática aplicada pela maioria dos provedores de banda larga para "vigiar" o usuário, determinado quais programas ou protocolos podem ter acesso a determinada quantidade de banda em quais períodos do dia. Resumindo: controlam a quantidade de download que você pode fazer.

Certos protocolos ou programas são bloqueados ou têm velocidade de acesso à internet reduzida como forma de não consumir banda demais. Em geral, programas específicos para downloads como eMule, Karra, BitTorrent, etc... são os que sofrem as consequências.

Oficialmente, nenhuma prestadora de serviços de acesso em banda larga brasileira assume e justifica o uso das técnicas. Mas, em uma espécie de força-tarefa gigantesca ao redor de um mesmo tema, usuários juntaram indícios suficientes para implicar o nome de grandes provedores de banda larga do País e ainda assim, vale lembrar que a maioria dos provedores coloca em contrato uma garantia de velocidade mínima ofertada - na maioria, 10%.

Um método usado pra determinar se há bloqueio de protocolos ou programas é verificar a velocidade da própria conexão à internet. OGlasnost testa se seu provedor está interferindo no seu tráfego de torrent. A ferramenta, criada pelo Max Planck Institute for Software Systems, não exige download e faz os testes nas conexões em alguns minutos.

Para entusiastas que querem ir mais fundo, a Electronic Frontier Foundation criou uma ferramenta chamada Pcapdiff que testa se seu provedor está mexendo com seu tráfego de torrent.

Se as estratégias indicarem que, sim, seu provedor mexe no seu tráfego sem sua autorização, várias medidas podem ser tomadas como contra-ataque. Algumas destas técnicas podem funcionar com um provedor, mas não com outro.

Primeiro, tente usar encriptação no seu tráfego P2P. Programas como BitComet, BitTorrent, uTorrent, e Vuze oferecem a encriptação. Ao habilitar a função, fica muito mais difícil (impossível, em alguns casos) que seu provedor detecte o uso de softwares de P2P.

A porta de comunicação padrão usada no tráfego de torrent é a 6681. Provedores sabem disto e vigiam esta porta. Caso um provedor freie ou bloqueie o tráfego de P2P por esta porta, sua velocidade cairá consideravelmente.Já sabendo disto, muitos programas de torrent já vêm com funções para mudar ou alternar a porta de tráfego de torrent, com alguns deles tentando até mesmo configurar o firewall automaticamente para agilizar o tráfego. O excelente site Port Forward lhe dará dicas valiosas sobre como configurar seu roteador para fazer o trabalho manualmente.

Um método mais avançado é usar um túnel encriptado que, como sugere o nome, blinda seu tráfego de supostas manipulações do seu provedor.Serviços gratuitos como o The Onion Router e o I2P foram criados para enviar mensagens anônimas e encriptadas, mas alguns usuários os adaptaram para usar em conexões torrent. O Vuze tem suporte nativo para rotear o tráfego pelo Onion Router ou o I2P.

Por cerca de 5 dólares por mês, fornecedores de redes privativas virtuais (do inglês, VPN) como Relakks e SecureIX podem evitar que seu provedor identifique o tráfego de torrent e P2P.
A SecureIX, por exemplo, promete que seu produto "desabilitará problemas com P2P" e oferece uma versão gratuita para conexões com até 256 Kbps.

Os provedores, no entanto, estão ficando mais espertos quanto às técnicas usadas. Alguns, inclusive, chegam ao extremo de bloquear qualquer aplicação que pareça usar tráfego torrent. Caso isto aconteça contigo, ou você deve trocar de provedor ou testar um novo software torrent.

Se você espera que órgãos de regulamentação como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), corram atrás do traffic shaping, em curto prazo, é bom não criar muitas expectativas. Ainda assim, há novidades tecnológicas que podem facilitar nos próximos anos o uso de aplicações torrent.

Nos EUA, entidades como a Electronic Frontier Foundation pediram que a Comissão Federal de Comunicações (FCC) investigasse os casos trazidos pelos usuários, mas admitem que não pretendem adotar uma nova regulamentação para forçar provedores a desistir de qualquer prática que atrapalhe o tráfego alheio.

No Brasil, o problema está na Justiça brasileira, com processos iniciados há mais de seis anos e parados por falta de averiguação técnica.

A maior parte deste texto foi retirado do site do idgnow.


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